Vou botar meu bloco na rua. O carnaval no centro de SP no início do Séc. XX

No final do Séc. XIX e início do Séc. XX a efervescência da capital paulista, que crescia em ritmo acelerado, dividia aqueles que, durante o carnaval, tomavam as ruas para as comemorações.

Enquanto a elite paulistana, com seus automóveis, desfilava pela Avenida Paulista, a classe operária se reunia em grupos distintos pela cidade. No centro, convergiam os blocos recém formados.

Esta movimentação excêntrica chamou a atenção de um jovem antropólogo, que imigrara da França para assumir uma cadeira de professor da USP e registrou imagens da folia no início dos anos 30.

As impressões de Claude Lévi Strauss, a movimentação pelo centro e a formação dos primeiros blocos carnavalescos da cidade são o tema do editorial de fevereiro da Casa da Boia: “Vou botar meu bloco na rua. O carnaval no centro da cidade“.

Escrito por Renata Geraissati e Diógenes Sousa, o editorial traz uma reflexão sobre o nascimento dos blocos que, quase um século depois, viriam novamente a tomar as ruas da capital no período mais festivo do ano.